Contudo, apesar dos feitos como camisa 1, Haílton Corrêa de Arruda também teve o seu dia de artilheiro. Foi com a camisa do Nacional em 30 de maio de 1973, numa época em que ver goleiros balançando as redes adversárias era ainda mais raro do que nos dias de hoje.

Leia mais

O clube uruguaio enfrentava o Racing, também do Uruguai, pelo torneio amistoso Copa Ciudad de Montevideo, no Estádio Centenario. A equipe tricolor já vencia por 6 a 0 quando, aos 41 minutos do segundo tempo, Manga deu um chutão para frente.

A bola pegou velocidade e pingou na frente de Posadas, arqueiro do Racing, que foi surpreendido pelo quique e acabou encoberto. Um companheiro de Manga quase aproveitou o lance para marcar, mas deixou que a bola entrasse sozinha.

"Um atacante tricolor, Calcaterra, vinha acompanhando a jogada. E ele poderia ter definido o lance, mas logo percebeu a importância histórica do que estava por acontecer. Deixou que a bola seguisse seu caminho até a rede", relata o diário El País.

Com o gol do goleiro brasileiro, o único de sua carreira, o Nacional fechou a goleada por 7 a 0, até hoje a maior do confronto entre os dois times.

Ídolo do Botafogo e do Inter no Brasil, Manga se tornou um dos grandes da história do Nacional ao liderar o arco da equipe nas conquistas da Libertadores e do Mundial em 1971. Além dos títulos internacionais, também foi tetracampeão uruguaio pelo clube, que lamentou a morte do ex-jogador.

"O Club Nacional de Football lamenta profundamente o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, o "Manga". Aos seus familiares, amigos e chegados, o abraço mais forte", publicou o Nacional nas redes sociais.

Acompanhe Esportes nas Redes Sociais
Tópicos
CNN EsportesBotafogoFutebol brasileiroInternacional (time)Nacional (URU)